Primeiro Amor - Ministério de Louvor Fome de Deus da Igreja Batista Água...

O amor de Deus

Por Marcio S. Pereira

Deus nos disse que devemos amar a Ele, e não às coisas, com todo o nosso coração. O Senhor não quer que tenhamos um coração dividido (Mt 22.34-40).
O Senhor nosso Deus é um fogo consumidor, Ele é um Deus zeloso com o Seu povo (Dt 4.24) e quer ter seu coração por inteiro. Jesus disse claramente que devemos amar ao Senhor com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com todo o nosso entendimento (Mc 12.30).
O Senhor não quer o nosso amor com palavras. Ele não quer que cantemos o quanto O amamos, mas que O amemos de todo o nosso coração. Que não tenhamos nada em nosso coração a não ser Ele, porque somente se O amarmos de todo o nosso coração poderemos amar nossos irmãos e irmãs.
Conhecendo o amor de Deus
A Palavra de Deus usa, no Novo Testamento, três definições diferentes para amor: Ágape, Phileus e Eros. Eros é o amor romântico entre um homem e uma mulher; Phileus é o amor da amizade entre pessoas e Ágape é o amor de Deus. Quando Jesus nos disse para amarmos a Deus de todo o nosso coração, Ele falava do amor Ágape, o amor sacrificial e incondicional.
Antes de dizer a Adão e Eva para serem frutíferos, Deus os abençoou (Gn 1.27,28). Devemos entender essa verdade: primeiro o Senhor nos abençoa, depois frutificamos.

Que possamos conhecer na prática o amor de Cristo, porque o conhecimento sem a experiência é apenas conhecimento. Importa que haja realidade. Se cada cristão no Brasil fosse cheio da presença e da glória de Deus, e expressasse isso para este mundo que está morrendo, estaríamos diante de uma revolução.
A expressão “conhecer o amor de Cristo” é uma expressão muito forte no grego. Adão conheceu Eva e eles conceberam um filho. A relação sexual entre um homem e uma mulher é uma experiência muito íntima. E é justamente nesse nível de intimidade que Deus quer que conheçamos o Seu amor.

A Palavra nos diz que o amor de Cristo excede todo entendimento (Ef 3.19), ou seja, não importa o quanto conheçamos Seu amor, ainda não será o bastante. Se o amor dEle é maior que o meu entendimento, isso quer dizer que eu nunca conseguirei entendê-lo. Podemos ter um vasto entendimento teológico acerca do amor de Deus, ainda assim não saberemos de fato como ele é, porque está além da nossa capacidade.

Vivendo para conhecer

Então, como podemos conhecer esse amor? Do ponto de vista do mero conhecimento mental, não podemos. Para o conhecermos em realidade transformadora, devemos vivê-lo em nossa comunhão diária com Ele.
Nos países católicos, normalmente, encontramos um problema: o pensamento de que devemos conquistar o amor de Deus. Nunca conquistaremos o amor de Deus! Não interessa o que façamos, Jesus não nos amará mais ou menos por isso. É impossível conquistar o Seu amor. Não precisamos conquistá-lo, Ele decidiu nos amar. O que o Senhor deseja é que abramos nosso coração e nos deixemos ser conquistados por Ele.

O tesouro da graça

Muitos cristãos têm a mentalidade de que quanto mais trabalharem, mais ganharão. Para eles, só ofertando, jejuando e orando poderão ganhar coisas de Deus. Recompensa não está relacionada com aquele que trabalha, mas com aquele que dá. A mentalidade é totalmente diferente. O nível de fé é totalmente diferente.
Antes de poder oferecer qualquer coisa para Deus, Ele já nos amava. Quanto você acha que Deus amou a Seu Filho? Deus amou completamente ao Filho e se alegrou nEle (Mt 3.17). Jesus, ao olhar para Seus discípulos, que cometiam erros, brigavam, eram fracos e cheios de falhas, os amou (Jo 15.9).

Ele nos ama do jeito que o Pai O amou. Ele nos ama de uma forma extravagante. Somos Sua noiva: Ele deseja desesperadamente por intimidade conosco. Jesus Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores (Rm 5.8).

As conseqüências do amor de Deus em nós

Devemos permanecer nesse amor, ser cheios dele e o manifestarmos. Sobretudo em relação aos nossos inimigos. Essa é a única forma de amá-los, de orar por eles. Não há esse traço em nossa natureza decaída. Quando somos amaldiçoados por alguém, nosso desejo é de matar essa pessoa. Se permanecemos no amor de Deus, seremos constrangidos a orar por ela.

O mundo precisa ver esse tipo de amor.

No meu escritório há uma placa pendurada com os seguintes dizeres: “Deus ama a todos, mas eu sou o Seu favorito!”.Desafio você a fazer, a partir de hoje, a seguinte declaração: “Eu não vou viver esse dia sem antes experimentar o Seu amor a ponto de sentir no meu coração que eu sou o Seu favorito”.
Muitos dizem: “Somos mais que vencedores em Cristo Jesus”. A declaração é incompleta, porque a passagem de romanos diz que “somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37). O apóstolo Paulo passou por inúmeros sacrifícios, foi perseguido, mas perseverou em seguir a Jesus, não porque era determinado, mas porque tinha experimentado do amor de Deus em Cristo Jesus. E foi só porque experimen-tou desse amor que pode adquirir a convicção de que nada o separaria desse amor.
Escrevendo aos Gálatas ele chegou a dizer: agora não sou mais eu quem vivo, mas Cristo vive em mim e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim (Gl 2.20). A única razão para esse nível de morte é o amor de Deus.

O valor do sangue de Jesus

Só uma pessoa pagou o preço por você. O seu valor é determinado por Jesus porque Ele pagou um alto preço por você. Você va¬le cada gotinha do precioso sangue de Jesus. O diabo sempre dirá que você não tem valor, mas você sempre poderá reivindicar o seu valor com base no preço pago; você sempre poderá dizer que há somente um capaz de determinar seu valor, Jesus Cristo.
Você é o favorito de Jesus. Comete pecados? Sim. Tem falhas? Sim. Tem valor? Sim, porque o seu valor não depende das suas obras, das coisas que você faz, mas daquilo que Ele fez. Quando entendemos isso, ao pecarmos, nos arrependemos profundamente pelo pecado.

O ciclo do amor

Jesus nos ensinou a amar ao Senhor nosso Deus, com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com toda a nossa força. Isso só acontecerá quando começarmos a ter experiências profundas com o amor de Deus, para além de todo conhecimento mental. Essas experiências curarão as dores do coração e farão com que nos entreguemos por inteiro a Deus, amando a Ele e às pessoas à nossa volta.
Este é o ciclo do amor de Deus: primeiro o recebemos, depois fluímos nele e então o deixamos fluir por nós, amando as pessoas à nossa volta.
Você está pronto para começar essa nova jornada? A partir de hoje, creia e seja atraído ao amor de Jesus a cada manhã, ao começar o seu dia. Você não conseguirá ficar sem experimentar do amor de Cristo.